Segundo ele, esquema estaria favorecendo sempre os mesmos empresários em festas financiadas com dinheiro público, prejudicando artistas locais e a cultura regional.
O produtor de eventos Guto Cerqueira, nome conhecido em Feira de Santana e outras cidades da Bahia pela forte atuação no setor cultural e de entretenimento, fez uma denúncia séria que vem repercutindo nos bastidores do meio artístico. Segundo Guto, há um esquema de favorecimento envolvendo prefeituras e alguns produtores de eventos que atuam no estado.
De acordo com ele, esse grupo estaria operando uma “máfia” que garante contratos e espaços privilegiados em festas públicas para os mesmos empresários, excluindo outros profissionais e, principalmente, artistas locais.
“Estamos enfrentando uma máfia em várias prefeituras da Bahia. Alguns produtores estão agindo em conluio com gestores públicos, o que prejudica a concorrência justa e afeta diretamente quem trabalha com seriedade e compromisso com a cultura”, declarou Guto Cerqueira.
Ainda segundo o produtor, essa prática recorrente tem como consequência o apagamento de talentos locais, que deixam de se apresentar em eventos financiados com dinheiro público, enquanto os mesmos nomes ocupam todos os palcos, sem justificativas claras sobre os critérios de contratação.
“Artistas da nossa terra, que têm história, talento e público, estão sendo ignorados. Enquanto isso, outros conseguem contratos em série, em diferentes cidades, por conta de acordos escusos entre produtores e administrações municipais”, completou.
A denúncia levanta questionamentos importantes sobre os critérios adotados por prefeituras para contratar artistas e empresas responsáveis pela realização de festas e eventos. Guto defende mais transparência nos processos licitatórios, fiscalização rigorosa dos contratos e maior valorização dos profissionais locais.
A equipe do Blog do Zé Pequeno tentou contato com representantes de algumas gestões municipais que vêm sendo citadas de forma indireta nas acusações, mas até o fechamento desta matéria, não obteve respostas.
Enquanto isso, o setor cultural segue atento às próximas movimentações, e a denúncia de Guto Cerqueira abre espaço para uma discussão mais ampla sobre como os recursos públicos estão sendo utilizados nas festas populares da Bahia.
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