Nessa segunda-feira (26), o ex-presida Jair Bolsonaro (PL) mais uma vez tentou defender sua pele dizendo que “não é justo falar em ataque à democracia” nem “cassar” seus direitos políticos por causa das acusações que ele fez contra o sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores, em julho de 2022.

A reunião é o principal ponto da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) em julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode tornar Bolsonaro inelegível pelos próximos oito anos. O julgamento no TSE será retomado nesta terça-feira (27).

“É justo cassar os direitos políticos de alguém que reuniu embaixadores? Não é justo falar em atacar à democracia. Aperfeiçoamento, buscar colocar camadas de proteção, é bom para a democracia”, afirmou Bolsonaro, depois se se reunir com deputados aliados na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

O ex-presida também disse que espera “um julgamento justo” no TSE e que os ataques que fez às urnas eletrônicas em 2022 eram “críticas ou sugestões de aperfeiçoamento”. Além disso, Bolsonaro evitou falar sobre um possível sucessor caso seja declarado inelegível.

“Não podemos aceitar passivamente no Brasil que possíveis críticas ou sugestões de aperfeiçoamento do sistema eleitoral seja tido como ataque à democracia” disse o ex-presidente.