Um alerta de especialistas em rotação planetária tem chamado a atenção de instituições científicas ao redor do mundo: a Terra está girando cada vez mais depressa. Nesta quarta-feira (9) e em outras datas específicas ao longo de 2025, o planeta deve encurtar seus dias em até 1,6 milissegundo — um valor pequeno demais para ser percebido no cotidiano, mas significativo em termos científicos e tecnológicos.


A mudança, embora imperceptível para os seres humanos, é monitorada com extrema precisão por organizações como o Observatório Naval dos Estados Unidos e o Serviço Internacional de Sistemas de Referência da Terra (IERS). As medições são realizadas com a ajuda de relógios atômicos e equipamentos de rastreamento espacial de alta precisão.


Segundo os especialistas, diversos fatores contribuem para a aceleração da rotação terrestre, entre eles:


  • A interação gravitacional com a Lua;
  • Os ventos atmosféricos em grandes altitudes;
  • Movimentos no núcleo interno do planeta;
  • As marés oceânicas, que afetam a distribuição da massa da Terra.



Esses elementos influenciam diretamente no chamado “dia solar”, que é o tempo que a Terra leva para completar uma volta em torno de si mesma.


A rotação mais rápida já registrada aconteceu em 5 de julho de 2024, quando o planeta completou seu giro 1,66 milissegundo mais rápido que o padrão de 86.400 segundos (24 horas). Para 2025, datas como 9 e 22 de julho, além de 5 de agosto, já estão no radar como possíveis novos recordes de velocidade.


Embora o fenômeno não traga impacto imediato para a vida cotidiana, ele levanta discussões importantes no campo da ciência e da tecnologia. Sistemas de navegação por satélite, telecomunicações e até operações financeiras de alta frequência dependem de extrema precisão no controle do tempo. Caso a tendência de aceleração persista, cientistas poderão ter que considerar ajustes como a remoção de um segundo bissexto negativo — algo inédito até hoje.


Por enquanto, a Terra segue girando mais rápido, e a ciência, cada vez mais atenta.